Toda essa situação da (justa) greve dos caminhoneiros, seguidos escândalos de corrupção, da realidade do país como um todo, me remete aos ensinamentos daquele filme “O Grande Desafio” (dirigido por Denzel Washington), inspirado em história real, onde o tema do último debate é “Desobediência civil: uma arma moral na luta por justiça”.
O discurso de James Farmer Jr (14 anos) é, com certeza, um dos momentos mais épicos do filme. Apesar do contexto e época serem outros, o ponto que quero chegar é justamente na essência do discurso: “Santo Agostinho disse: ‘Uma lei injusta não é uma lei para todos’ O que significa que eu tenho direito, até mesmo o dever de RESISTIR. Com a violência ou a desobediência civil. Você deve orar para que eu escolha a segunda”
Vou além, porque essas palavras valem para Causas injustas e Governos Corruptos. E não estou puxando a bandeira de ninguém, apenas a bandeira de um País que está sangrando e desesperado por mudanças. Qualquer pessoa SENSATA sabe que as coisas não estão boas, em nível de Brasil, em nível de mundo e por estar insatisfeito, gostaria de mudá-los, como pessoa, como cidadão, como brasileiro, mas principalmente, como ser humano.
Eu quero, dentre tantas coisas, o fim da impunidade, porque a partir do momento em que os corruptos efetivamente pagarem pelos seus crimes, a corrupção perderá terreno e não mais poderá ser semeada. E talvez, daí, enfim poderemos recomeçar a reconstruir um novo Brasil, e, quiçá, contribuir para um novo mundo!
Apenas gostaria, sinceramente, de poder dizer aos meus filhos e netos, que não precisamos chegar a esse ponto, que não cruzamos a linha onde a desobediência civil, ou a violência, se fizeram necessárias, em prol da resistência à tirania de corruptos e contra as incontáveis injustiças que estamos a nos acostumar. Tarde demais.
Ensinaram-me que tolerância não se aplica aquilo que é, por natureza, incorreto, o nome disso é conivência.